terça-feira, 30 de setembro de 2008

Aldeia de Longroiva - Terra do Avô Joaquim do Espírito Santo Ferreira






Actualmente uma aldeia pequena, mas o povoamento desta terra iniciou-se bem cedo. Diversas escavações arqueológicas revelam uma ininterrupta presença humana desde o período megalítico até aos primeiros séculos do cristianismo.
Diz a lenda que morava no castelo de Longroiva um importante fidalgo de nome D. Ramiro Alvar, que já havia feito trinta anos sem que encontrasse uma mulher que lhe agradasse para noiva. Certo dia, num solitário passeio a cavalo, encontra uma jovem e formosa aldeã por quem se apaixona e a quem acaba por pedir em casamento. A jovem, chamada Rosa aceitou prontamente e a boda realizou-se pouco tempo depois. No entanto, dois anos depois do casamento, a guerra chama o fidalgo que, em plena batalha, salva a vida de um companheiro de luta, se seu nome Gonçalo, a quem permite que se restabeleça em sua casa. D. Gonçalo é recebido no Castelo de Longroiva a fim de recuperar dos ferimentos de guerra e rapidamente se enamora da jovem Rosa. Após o seu restabelecimento, faz acreditar à sua anfitriã que o seu esposo perecera em combate, notícia que deixa Rosa em profundo luto durante o período de um ano, findo o qual aceita casar com D. Gonçalo que, entretanto, permanece no Castelo. Durante o alegre casamento, D. Ramiro regressa a casa e de imediato se trava um duelo entre os dois rivais, acabando D. Gonçalo por morrer nos braços de D. Ramiro. Rosa pede também a morte, no entanto o marido perdoa-lhe. A jovem, sentindo-se desonrada, recusa o perdão do marido, passando desde então a viver sob uma severa penitência na sua antiga cabana no bosque.
Conta a tradição que ainda hoje, quando alguém deambula por este mesmo bosque, junto à cabana do remorso ainda se consegue ouvir o choro da jovem Rosa.
O Castelo de Longroiva, uma fortificação medieval tipo a de Alcácer, foi construído e reconstruído em 1176 por D. Gualdim Paes. Actualmente só se pode ver intacta a sua Torre de Menagem com uma janela geminada numa das faces e as portas da muralha. Este Castelo românico-gótico está classificado como Monumento Nacional. Da passagem dos Templários pela freguesia, ficou a sagração da Capela da Senhora do Torrão, originalmente românica Bem conhecidas são as suas águas termais, cuja tradição faz remontar aos romanos a exploração inicial das águas sulfúricas de Longroiva.

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